ONG Nóiz, lança na Cidade de Deus, ‘espaço tec’ para que a população possa utilizar a internet gratuitamente

ONG Nóiz, lança na Cidade de Deus, ‘espaço tec’ para que a população possa utilizar a internet gratuitamente

No Brasil, 36 milhões de pessoas não são usuárias da internet. Isso é o que constatou a pesquisa ‘TIC Domicílios 2022’, realizada pelo ‘Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação’ (Cetic.br). Exclusão digital pode ser vista por diferentes ângulos, tanto pelo fato de não ter um computador, ou por não saber utilizá-lo (saber ler) ou ainda por falta de um conhecimento mínimo para manipular a tecnologia com a qual se convive no dia a dia.
A desigualdade digital existe e está nas comunidades brasileiras, e em muitos outros lugares onde não chega o acesso à internet. Nessas regiões, a acessibilidade é quase nula e por isso, o progresso, que é um direito de todos, não chega.
Foi pensando nisso, e respondendo às demandas que são recebidas quase que diariamente, a ONG Nóiz, na Cidade de Deus, resolveu lançar um serviço para preencher exatamente essa lacuna digital que faz falta no dia a dia da comunidade.
Isso porque, muita gente precisa, na maioria das vezes, realizar um cadastro social, por exemplo, ou fazer uma inscrição para realizar um estudo, ou até mesmo fazer uma atividade escolar ou da faculdade, e não tem esse acesso em casa.
O espaço foi batizado de ‘TecNóiz’ e conta com uma bancada feita de pallets, construídas por um voluntário, de 4m X 0,65m, onde foram colocados cinco notebooks, com ótima conexão à internet e fones de ouvido. “Nos tempos atuais, dói ouvir uma pessoa dizer que precisa de um computador e não ter acesso a um”. Afirma André Melo, presidente da ONG.
No mesmo espaço encontra-se a biblioteca da Nóiz, o que permite, e exige, o silêncio necessário para que o usuário faça seus trabalhos em tranquilidade. Além disso, terá monitoria de um voluntário com habilidade no mundo dos computadores para quaisquer dúvidas ou eventualidades.
“O objetivo é dar acesso para as pessoas, mas também temos regras. O uso é restrito para jovens acima de 12 anos, os conteúdos impróprios são bloqueados, assim como é proibido alimentação no local e barulho. Montamos essa estrutura pensando exatamente nos detalhes para que todos façam bom uso, seja para educação ou de forma profissional. É quase uma lan house”, ressalta Melo.
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