Instituto Rondon parabeniza povo brasileiro pela eleição de Lula e anuncia retorno

Instituto Rondon parabeniza povo brasileiro pela eleição de Lula e anuncia retorno

Brasília- O presidente do Instituto Rondon (ex-Instituto Matheus Moraes), jornalista Roberto Kuppê, parabenizou ao povo brasileiro pela eleição de Lula à presidência da República, anunciando o retorna das atividades físicas para fevereiro do ano que vem.  Fundado em 21 de setembro de 2007, o Instituto Rondon vem funcionando apenas sob forma remota, após anos de bons serviços prestados à população de Rondônia.

Com a eleição de Lula, o Instituto Rondon pretende retornar mais forte, para contribuir com a redução das desigualdades através de projetos sociais, além de projetos ambientais, combate ao desmatamento e proteção dos povos indígenas.

“A eleição de Lula foi o melhor fato que poderia acontecer  ao Brasil, aos brasileiros e ao mundo, neste momento”, disse Kuppê, classificando o presidente eleito como um verdadeiro herói, que sobreviveu às maiores injustiças que um cidadão poderia suportar. “Lula foi condenado e preso em 2018 de forma arbitrária, ilegal e tinha tudo para ser enterrado vivo politicamente. Como uma fênix, ele ressurge das cinzas e se torna presidente da República”, refletiu o presidente do instituto.

“A eleição de Lula já começou a melhorar o Brasil. O cantor Latino disse que ia parar de cantar”, brincou o jornalista, se referindo ao artista brasileiro que afirmou que pararia de cantar se Bolsonaro perdesse as eleições. Agora falando sério, o jornalista afirmou que “quem está de parabéns é o povo brasileiro pela eleição de Lula”. Porque, segundo ele, Lula só tem um objetivo de vida aos 77 anos de idade completados no final do mês passado: trazer de volta a alegria de viver ao brasileiro, gerar empregos e proporcionar a todos o mínimo de quatro refeições diárias.  Com 33 milhões de pessoas na extrema linha da pobreza, desemprego e insegurança, Lula terá uma difícil e árdua missão pela frente. “Com a credibilidade que tem perante ao mundo, ele vai conseguir”, disse Roberto Kuppê.

Em 2008, o jornalista Roberto Kuppê foi recebido em São Paulo, pela irmã de Ayrton Senna, Viviane Senna, que preside um instituto com o nome do campeão de F1. “Gente, que gesto lindo. Nunca tinha visto isso antes. Quando a Ana Maria (Braga) me falou, fiquei muito emocionada. Parabéns”. Estas foram as palavras da presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, ao receber Roberto Kuppê em seu gabinete, em São Paulo.

O antigo Instituto Matheus Moraes surgiu em setembro de 2007, com sede em Brasília, com atuação forte em Rondônia, Brasília e Rio de Janeiro, alcançando também o Nordeste através de campanhas de arrecadação de alimentos para pessoas vítimas de enchentes. Em Brasília manteve uma Casa de Apoio para pacientes de Rondônia que necessitavam ir à capital federal para tratamento de saúde.

Agora sob o nome de Instituto Rondon, em homenagem à Cândido Mariano da Silva Rondon, a entidade pretende atuar em Rondônia e em outros estados com projetos sociais, podendo realizar parcerias com outras entidades nacionais como a CUFA, Gerando Falcões, dentre outras.

 

 

Cidade do interior de Rondônia tem a avenida mais larga e mais arborizada da Amazônia

Ambientalistas enfrentam comerciantes, vereadores e até a prefeitura, para fazer de avenida o maior bosque urbano da Amazônia. Voluntários em Rolim Moura, na Zona da Mata, cultivam espécies nobres de árvores ornamentais e frutíferas. De 2020 para cá foram plantadas 790 mudas de árvores em escolas e nos espaços públicos da longa avenida

ROLIM DE MOURA – Se a população apoiar, a mais larga avenida da Amazônia Ocidental Brasileira colocará Rolim de Moura (Zona da Mata de Rondônia) entre os mais lindos cartões postais do estado. Quatro décadas atrás, esse município a 402 quilômetros de Porto Velho devastava suas reservas de mogno, castanheira, cedro, angelim, peroba e outras árvores nobres, razão por que alguns madeireiros passaram a fazer derrubadas em terras indígenas.

Por Montezuma Cruz

Onda calórica que se repetirá de agora em diante poderá ser atenuada com a reposição de árvores nobres dentro de cidades carentes de bosques e parques. Varadouro conheceu uma delas esta semana:

Não há igual. É preciso aproveitar o momento e fazer acontecer.

Os cem metros de largura e os quatro quilômetros de extensão da Avenida 25 de Agosto – que já chegou a figurar o livro dos recordes como a mais larga ou a segunda avenida mais larga do mundo –  vêm recebendo a cada seis meses mudas de plantas frutíferas e ornamentais.

Com extensão territorial de 1.45 mil Km² e 56,4 mil habitantes, Rolim espera mudar a imagem que a tornaria muito melancólica não fosse a sua florada de ipês amarelo, brancos e amarelos que a tornam agradável todo ano, em junho.

Dentista falecido na semana passada em Rolim de Moura deixa para herdeiros ambientais uma árvore e dois bancos de cimento (Foto Montezuma Cruz)

A cidade foi projetada em meados dos anos 1970 pelo governo do extinto território federal, contando com a participação de profissionais da Universidade de São Paulo e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Rolim tem ótima chance de se tornar mais acolhedora. “O centro estará totalmente florido dentro de oito a dez anos”, prevê o presidente da Aruana Ação Ambiental da Amazônia, Fabiano Gomes.

O desenvolvimento urbano pressupõe também formar áreas verdes. O secretário municipal de meio ambiente e desenvolvimento urbano, professor Carlos Alberto de Lima, acredita nisso.

A secretaria de obras é parceira no roçado. A empresa Águas de Rolim também está sendo cativada a dar as mãos ao projeto.

Um viveiro com cem mil mudas de espécies silvestres e mudas ornamentais já se encontra à disposição da comunidade.

Até agora, voluntários da Aruana plantaram 2.300 mudas de amora, araçá-boi, açaí, brincos de índio, ingazeiras, ipês, flamboyants, jambeiros, jatobá, jequitibás pata de vaca, sibipiruna e oitis.

Na Área de Proteção Permanente a nascente do igarapé Encrenca está protegida. As águas correm por um canal até desaguarem no Rio Anta, a 1,5 km.

Águas preservadas na chamada Praça da Nascente correm limpas para o Rio Anta, a 1,5 quilômetro dali (Fotos Montezuma Cruz)

A Aruana só tem dúvida do crescimento do jatobá e do jequitibá, apropriados a áreas não alagadas.

A entidade não apenas contribui para melhorar a paisagem central como orienta alunos de escolas públicas a zelar pela recomposição de minúscula, porém significativa parte da floresta original. E ainda ensina a conservar nascentes de água.

A Aruana identificou entre as maiores carências o zelo com a poda, depósitos de água e bebedouros para pássaros e passarinhos. Araras e maritacas viviam na praça, mas desapareceram.

“Já vimos eles sedentos e famintos, voarem de um lado a outro da avenida para beber água em postos de combustíveis”, conta Fabiano.

Mesmo plantando com boa vontade e muita disposição, geralmente sob calor de 35 graus ou acima disso, os “aruanas” – como são chamados esses voluntários – ouvem manifestações de descrença e desaforos.

De oito a dez anos Rolim de Moura unirá seus bosques na avenida com cem metros de largura e 4 km de extensão projetada no governo do coronel Humberto Guedes (Montezuma Cruz)

“Pedi apoio a um dos comerciantes, e ele me perguntou: eu vou deixar isso pra quem?” – relata o ambientalista.

Uma grande árvore Fícus quase foi arrancada na esquina com a Frua Jamari. Os “aruanas” lhe abraçaram e fizeram barulho que resultou na conservação. A 50m do local, um comerciante de equipamentos agrícola pretendia arrancar outra Fícus conhecida por “árvore da melancia” – debaixo dela um ambulante vende a fruta.

A cem metros dessas duas árvores crescem buritis, cajueiros, jacarandá azul e oitis. Novos ipês irão florir a partir de 2024.

De 2020 para cá foram plantadas 790 mudas de árvores em escolas e nos espaços públicos da longa avenida, com apenas 10% de perdas. Mudas especiais que não se adaptam são repostas.

A Aruana elegeu como objetivo de seus projetos os elementos: água, ar, fogo e terra. “Água para nos abastecermos; ar para respirarmos bem; o combate às queimadas; e a conservação do solo. Esse mote já foi levado a seis escolas onde houve plantio de árvores e palestras ambientais.

Novos ipês irão florir em 2024, prevê Fabiano Gomes, da Aruana Ambiental (Montezuma Cruz)

“Conscientizar é cada vez mais preciso, porque Rolim foi um dos municípios que mais sofreu a extração de madeira, tanto na forma legal (autorizada pelo Incra nos anos 1970) quanto abusiva e criminosamente” – alerta Fabiano.

“Aquelas derrubadas de 50% da floresta para a formação de lavouras e pastagem abriu muito rapidamente as porteiras para o futuro do concreto em lojas, escritórios, prédios públicos e particulares” – ele lembra.

A mais recente reivindicação da Aruana é no sentido de a prefeitura criar um departamento de parques e jardins especificamente para ser parceiro daqueles que cuidam das árvores plantadas.

Paralelamente, a entidade fotografa e busca demonstrar à Energisa – distribuidora de energia elétrica – a desnecessidade de podar de maneira drástica algumas árvores da avenida e de outras vias da cidade.

“Horrível o que fazem, mesmo em espaços onde não há postes” – queixa-se mostrando um deles perto de uma loja de material de construção.

A empresa informa que se depara com árvores antigas “crescendo acima da fiação dos postes” e se desculpa por ainda não ter investido em modelo que evite o radical arranquio.

Enquanto não sente acontecerem essas melhorias, a Aruana segue quase quixotescamente apelando ao comércio da Avenida 25 de Agosto para que adote uma árvore.

Às 15h de 1º de dezembro de 2023 o repórter caminha a pé com Fabiano e não veem uma só pessoa sob as poucas árvores. O ambientalista aponta a quadra 1 ali próxima apelando: “Ela está pobre, perdeu espécies antigas, daí a razão da campanha de adoção de árvores; o comerciante será dono das novas árvores, um presente para seus filhos e netos.”

Judieira em Rolim de Moura: Energisa e prefeitura podam onde nem fiação existe, mas prometem apoiar o projeto (Montezuma Cruz)

Segundo Fabiano, o resultado parcialmente vem dando certo. Ele exemplifica: “O odontólogo Evilson Rocha, depois de habitar Rolim por quatro décadas, foi um dos primeiros a adotar um oitizeiro, ao lado do qual mandou construir dois bancos de cimento.

Rocha faleceu na semana passada, deixando esse legado aos familiares e à vizinhança que certamente se beneficiarão com a sombra da árvore.

Fabiano acredita que outros empresários adotarão mais árvores e imitarão o dentista.
O prefeito Aldair Júlio Pereira (União Brasil) costuma agora ouvi-lo, da mesma forma como já ouviu vereadores que advogam para comerciantes a derrubada de árvores na avenida.

“Ele está mais sensível, se comprometeu conosco e tem sido confiante no êxito de um projeto que irá agradá-lo, e a todos os que confiam na melhora do meio ambiente nesta cidade a partir de 2024” – comenta o presidente da Aruana.

Os voluntários ambientais querem trabalhar “juntos com a prefeitura” a fim de criar espaços urbanos que proporcionem à população o convívio com a natureza.

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Fonte: Expressão Rondônia/Montezuma Cruz

Governadores da Amazônia fingem ser a favor do meio ambiente para conseguir dinheiro na COP 28

Na COP28, Wilson Lima muda discurso afirmando que o Amazonas vai reduzir em zero o desmatamento; de Rondônia, o governador Marcos Rocha quer dinheiro para conter o desmatamento após revogar áreas de proteção ambiental

Na COP28, que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes, o Brasil não foi ao evento para brincadeira. Ao todo, integra com 1.337, o maior número de representantes. Dentro da delegação brasileira, estão governadores estaduais, um em especial, o governador do Amazonas, Wilson Lima, do União Brasil (UB), marca presença, apesar de demonstrar na prática, segundo as próprias notícias, certa apatia quanto a (proteção da Amazônia) em seu território.

Em Dubai, Lima vem fazendo o seu próprio marketing, dividindo opiniões quando levanta a tese de que a rodovia vai tirar o Amazonas da crise. No evento, Wilson, chegou a afirmar que estado irá reduzir o desmatamento em 50% até 2030. Nas redes sociais, internautas riram da mudança repentina afirmando que o discurso tem raízes cômicas, “só foi fazer teatro”.

 

Já o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (União Brasil), que segue a ideologia ambiental do ex-presidente Bolsonaro, está na COP 28 em busca de “investimentos para o turismo”, como se ele estivesse num evento de fomento ao setor. Rocha, cínico, em entrevista disse que quer dinheiro para combater o desmatamento. “Estamos aqui na COP e somos cobrados por não desmatar, mas não recebemos recursos para fazer isso acontecer”.  Ele ignora que o governo federal dispõe de recursos e meios para combater e que ele é a favor da exploração de terras preservadas e indígenas para o agronegócio, além de ser a favor do garimpo no leito do rio Madeira.

A dois dias das eleições do segundo turno das eleições gerais de 2022,  Marcos Rocha expediu decreto extinguindo a Estação Ecológica Soldado da Borracha, localizada em Porto Velho e Cujubim.

Ao revogar o Decreto 22.690, de 20 março de 2018, Marcos Rocha assegurou o apoio político e votos dos produtores rurais cujas propriedades estão dentro dos limites da unidade de conservação, e que se dizem prejudicadas com a sua criação, feita no governo de Confúcio Moura (MDB). À época, o então governador chegou a afirmar que a área da Soldado da Borracha era de propriedade do Estado, não sendo permitida a concessão de títulos de posse para quem estava nela.

Quando da criação destas reservas, o governo Confúcio Moura justificou como necessárias “para a preservação da natureza e de garantias de condições para o desenvolvimento de pesquisas científicas na região”.

A ofensiva do setor ruralista de Rondônia contra as unidades de conservação estaduais já é conhecida. O governador bolsonarista Marcos Rocha tem se mostrado como um dos principais aliados anti-conservação.

Com informações do News Rondônia e O Eco

Crescente Verde será um braço do Instituto Rondon que vai atuar em apoio aos ribeirinhos e colonos afetados por seca e desmatamento

Está sendo criada a ONG Crescente Verde, braço do Instituto Rondon, que vai atuar diretamente nas questões ambientais, sobretudo nas consequências da seca, desmatamento e demais problemas que afetam os habitantes das regiões ribeirinhas de Rondônia.

O Crescente Verde pretende levar saúde e alimentos para pessoas atingidas por fenômenos naturais ou pela ação do homem. A ONG deverá entrar em atividades em 2024.

VÍDEO IMPRESSIONANTE: O fim chegou para a Amazônia

A seca na Amazônia está  batendo recorde este ano e se estenderá até janeiro de2024. A previsão é do Cemaden (Centro de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais, do Governo Federal). Rios estratégicos da região estão com volumes abaixo da média histórica. O rio Madeira em Rondônia está praticamente sem água, no osso.

A fatura do descaso com os nossos rios chegou. O garimpo ilegal mata peixes e a vida dos ribeirinhos. O desmatamento seca os rios.  E, apesar disso, em pleno castigo da natureza, se discute no Senado Federal, a instituição do MARCO TEMPORAL, para acabar de vez com as populações indígenas no Brasil e desmatar o que resta da floresta.

 

Assista ao vídeo:

ONG Nóiz, lança na Cidade de Deus, ‘espaço tec’ para que a população possa utilizar a internet gratuitamente

No Brasil, 36 milhões de pessoas não são usuárias da internet. Isso é o que constatou a pesquisa ‘TIC Domicílios 2022’, realizada pelo ‘Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação’ (Cetic.br). Exclusão digital pode ser vista por diferentes ângulos, tanto pelo fato de não ter um computador, ou por não saber utilizá-lo (saber ler) ou ainda por falta de um conhecimento mínimo para manipular a tecnologia com a qual se convive no dia a dia.
A desigualdade digital existe e está nas comunidades brasileiras, e em muitos outros lugares onde não chega o acesso à internet. Nessas regiões, a acessibilidade é quase nula e por isso, o progresso, que é um direito de todos, não chega.
Foi pensando nisso, e respondendo às demandas que são recebidas quase que diariamente, a ONG Nóiz, na Cidade de Deus, resolveu lançar um serviço para preencher exatamente essa lacuna digital que faz falta no dia a dia da comunidade.
Isso porque, muita gente precisa, na maioria das vezes, realizar um cadastro social, por exemplo, ou fazer uma inscrição para realizar um estudo, ou até mesmo fazer uma atividade escolar ou da faculdade, e não tem esse acesso em casa.
O espaço foi batizado de ‘TecNóiz’ e conta com uma bancada feita de pallets, construídas por um voluntário, de 4m X 0,65m, onde foram colocados cinco notebooks, com ótima conexão à internet e fones de ouvido. “Nos tempos atuais, dói ouvir uma pessoa dizer que precisa de um computador e não ter acesso a um”. Afirma André Melo, presidente da ONG.
No mesmo espaço encontra-se a biblioteca da Nóiz, o que permite, e exige, o silêncio necessário para que o usuário faça seus trabalhos em tranquilidade. Além disso, terá monitoria de um voluntário com habilidade no mundo dos computadores para quaisquer dúvidas ou eventualidades.
“O objetivo é dar acesso para as pessoas, mas também temos regras. O uso é restrito para jovens acima de 12 anos, os conteúdos impróprios são bloqueados, assim como é proibido alimentação no local e barulho. Montamos essa estrutura pensando exatamente nos detalhes para que todos façam bom uso, seja para educação ou de forma profissional. É quase uma lan house”, ressalta Melo.

Desastres climáticos mais frequentes e mortíferos: o que o RS ensina para o país

Gestores públicos e população precisam desenvolver cultura de prevenção, assim como acontece na costa leste do EUA, diz especialista

Menos de três meses após o último evento climático extremo registrado no Rio Grande do Sul, o estado volta a ser castigado por um ciclone que, até a tarde desta terça-feira (12), já havia deixado 46 mortos e centenas de desabrigados. As imagens da elevação das águas no Rio das Antas, que subiram mais de 20 metros – o equivalente a um prédio de sete andares – causaram espanto, mas o que também chama atenção no fenômeno é a frequência, diz especialista.

Em meados de junho, a passagem de um ciclone extratropical já havia causado 16 mortes e destruído dezenas de cidades. Na ocasião, o governo do estado classificou o ocorrido como o desastre natural mais grave dos últimos 40 anos.

Mas 2023 não está sendo exceção. Em maio de 2022, o Rio Grande do Sul vivenciou a tempestade Yakecan, que registrou ventos de quase 100 km/h e, apesar de não ter causado mortes, provocou destruição.

Em 2020, o estado sofreu com a passagem de um ciclone bomba, que matou uma pessoa. Antes disso, o Rio Grande do Sul havia sofrido com uma intensa tempestade em janeiro de 2019, que causou duas mortes, outra em janeiro de 2016, quando ventos atingiram aproximadamente 120 km/h, e com o furacão Catarina, de 2004, que deixou centenas de feridos e provocou prejuízos milionários.

Isto é, os eventos extremos estão se tornando não só mais frequentes, mas também mais mortais. Números do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração, mostram que, entre 2017 e 2021, tais eventos causaram 14 mortes. Somente em 2023 já foram contabilizados ao menos 47 óbitos.

“A repetição [de eventos extremos] tem acontecido muito rapidamente. Não é um evento que você olha e fala: não acontecia há 50, 100 anos, não! Está acontecendo de maneira repetitiva, com uma frequência muito grande, o que é um prenúncio da tendência ao agravamento”, explicou a ((o))eco o professor do Instituto de Energia e Meio Ambiente da Universidade de São Paulo, Pedro Côrtes.

Segundo ele, o fenômeno do El Ninõ, que tende a provocar chuvas no sul e seca no norte do país, tem influência na ocorrência do ciclone que atinge o Rio Grande do Sul nos últimos dias, mas a intensidade verificada é fruto das mudanças no clima da terra.

“Essa chuva tem uma relação com o El Nino, mas a intensidade dela está relacionada às mudanças climáticas, aquilo que o IPCC [Painel científico da ONU para mudanças climáticas] alertava. Isto é, os fenômenos do El Niño e La Niña estão seguindo uma regularidade, mas os efeitos têm sido mais intensos do que a gente verificava há algumas décadas, até o início deste século, por exemplo”, diz.

Brasil na rota de desastres climáticos

Segundo Pedro Cortez, além de mudanças estruturais nas regiões mais propensas a eventos extremos, como melhorias no sistema de drenagem, por exemplo, um fator essencial que precisa mudar para minimizar os danos é a adoção do hábito da prevenção.

“A gente precisa não só de obras para tentar minimizar ou reduzir os efeitos dos eventos extremos, mas também desenvolver junto aos gestores públicos e à população uma cultura de prevenção. Consultar serviços de meteorologia para saber o que nos espera nas próximas semanas”, sugere Côrtes.

Ainda que seja uma realidade nova para o país, os brasileiros precisam estar alertas e prontos para seguir medidas de evacuação, por exemplo, assim como acontece na costa leste americana, que sofre regularmente com a passagem de tornados.

“Nós não desenvolvemos essa cultura porque não estávamos sujeitos a eventos tão extremos, quanto eles ocorriam, eles eram eventos isolados em termos geográficos ou temporais, diferente do que acontece quase todo ano na costa leste dos EUA, onde existe um sistema de alerta para a população se preparar ou sair de determinadas áreas”, diz.

Segundo ele, considerando o quadro de agravamento dos eventos extremos que têm se verificado em diferentes partes do país, essa mudança de postura precisa ser urgente.

“A gente precisa desenvolver esse senso de prevenção muito rapidamente.  Infelizmente, o que aconteceu no RS é um exemplo de situações que vão se tornar mais frequentes no futuro”, finaliza.

Fonte: O ECO

Piauiense produz 2 milhões de mudas para recuperar Floresta Amazônica de forma sustentável

Jefferson Sousa, um piauiense de 33 anos, está ajudando a recuperar a Floresta Amazônica com técnicas sustentáveis e o apoio da comunidade local.

Com o título de “produtor de florestas”, Jefferson e a ação coletiva que ele promove já plantaram mais de um milhão de sementes de castanha-do-Pará, açaí, ingá, jatobá, cedro e mogno. O processo começa no Viveiro Florestal da Vale em Carajás, no Pará, onde as sementes são transformadas em mudas. O viveiro tem capacidade de produzir 200 mil mudas por ano e possui mais de 120 espécies nativas.

As sementes são levadas ao viveiro e seguem para a casa de germinação, onde são tratadas. Uma vez preparadas na casa de germinação, as sementes já transformadas em mudas são colocadas em sacos de terra com controle da irrigação e nutrientes. A última etapa é a chamada rustificação, em que as mudas são expostas ao sol em ambiente natural. Depois dessas fases, as mudas são monitoradas na Floresta Amazônica por cinco anos antes de serem plantadas.

Jefferson, que nasceu em Barras, no Piauí, mas mora em Parauapebas há 12 anos, trabalha em parceria com as famílias que integram a Cooperativa dos Extrativistas da Flona de Carajás (Coex). Em três anos, aproximadamente 17 toneladas de sementes foram coletadas, gerando ganhos financeiros para as famílias. De 2018 a 2021, foram gerados R$ 2,8 milhões em renda para as famílias.

A iniciativa de Jefferson é uma das muitas que estão ajudando a recuperar a Floresta Amazônica. A Amazon, por exemplo, está trabalhando em um projeto para recuperar 20 mil hectares de floresta nativa, gerando renda para três mil agricultores familiares do Pará. Pesquisas também mostram que é possível recuperar a Floresta Amazônica sem perder áreas agricultáveis. A recuperação de áreas alteradas na Amazônia brasileira é um tema importante e tem sido estudado por muitos pesquisadores.

Fonte: Somos Notícias

PROJETO BRASILEIRO CRIA CASA SUSTENTÁVEL, 25% MAIS BARATA E FICA PRONTA EM 6 DIAS

O futuro chegou! Quando você iria imaginar que uma casa pudesse ser construída em apenas 6 dias e com a ajuda de apenas 4 pessoas? Pois isso é possível e o projeto é brasileiro! Definida como padrão europeu, essa casa é 25% mais barata do que uma casa comum e a construção é 100% baseada na nanotecnologia, isto é, sem desperdício nenhum!

Essa casa do futuro foi construída em Campo Grande – MS em parceria entre um espanhol, Eugen Fudulu e um brasileiro, Kleber Karru, junto com um laboratório europeu, chamado Open MS. As paredes possuem isolamento térmico e acústico, com espuma e fios de vidro por dentro e por fora, mantendo uma temperatura agradável dentro da casa tanto no frio quanto no calor. O material é resistente a fogo, água e cupim e a estrutura pode ter acabamento de acordo com a preferência do morador.

A casa ainda vem com um purificador instalado que é capaz de filtrar a água antes que ela chegue na torneira da residência, além de estrutura para teto solar e aparelho de ar, que retira todas as bactérias do ambiente.

Mas as novidades não param por aí, já que ela é capaz de resistir a tremores de 9 graus na escala Richter e a ventos de até 300 km/h!

Agora, o desafio é firmar uma parceria com o Governo Estadual para que o projeto chegue às áreas pouco favorecidas e à população de baixa renda. Além de resolver um problema de moradia, ainda geraria empregos, pois quanto mais funcionários, mais rápido será a construção. Não é maravilhoso?

Fonte do post: Eco Guia

Crédito/fonte da foto: Divulgação / Valdenir Rezende

Investimentos em atividades da bioeconomia podem reduzir o índice de pobreza em 50% no Pará e em 21,5% no Maranhão

 

Em novo estudo, o Instituto Escolhas mostra os efeitos do investimento em horticultura e recuperação florestal na redução dos índices de pobreza e desmatamento na Amazônia

Políticas de geração de emprego e renda são, portanto, fundamentais para coibir a expansão de operações ilegais estabelecidas na Amazônia – como o garimpo de ouro – que recrutam a população em situação de vulnerabilidade para as suas frentes. Sem tais políticas, a fiscalização será insuficiente.

O novo estudo Como a bioeconomia pode combater a pobreza na Amazônia?, lançado nesta quarta (15/03) pelo Instituto Escolhas, mostra como o investimento em duas atividades – a horticultura e a recuperação florestal – pode configurar-se como estratégia de enfrentamento à pobreza, promovendo uma transição econômica para cadeias produtivas da bioeconomia em detrimento daquelas que destroem a floresta.

Tendo como referência os estados do Pará e Maranhão, também abordados em publicações recentes do Escolhas, o estudo calcula que a recuperação de 5,9 milhões de hectares de florestas no Pará tem o potencial de gerar R$13,6 bilhões de receita, criar 1 milhão de empregos diretos e indiretos e reduzir em 50% o índice de pobreza no estado. Enquanto isso, no Maranhão, a recuperação de 1,9 milhão de hectares de florestas poderia gerar R$4,6 bilhões de receita, criar 350 mil empregos diretos e indiretos e reduzir em 21,5% o índice de pobreza no estado.

Já o aumento da produção de hortaliças para 170 mil toneladas, no Pará, tem potencial de gerar R$682 milhões de renda, criar 86 mil empregos diretos e reduzir em 6% o índice de pobreza no estado. Se o Maranhão aumentar sua produção para 187 mil toneladas, pode gerar 600 milhões de renda, criar 134 mil empregos diretos e reduzir em 9% o índice de pobreza no estado.

“No caso do investimento em recuperação florestal, uma experiência que pode inspirar o Brasil é a das Brigadas Civis de Conservação (Civilian Conservation Corps – CCC), criadas nos Estados Unidos nos anos 30. O país passava pela Grande Depressão naquela época e as Brigadas empregaram milhares de jovens na construção de infraestrutura para a conservação da floresta, no plantio de vegetação nativa, no controle de incêndios florestais e no controle de erosão e enchentes. Não por acaso o presidente Joe Biden anunciou recentemente que planeja retomar o programa, rebatizado como Civilian Climate Corps, empregando jovens em projetos de conservação e restauração de terras públicas”, pondera Sergio Leitão, diretor executivo do Escolhas. “Isso poderia ser reproduzido como frentes de trabalho para a geração de emprego e renda junto à população vulnerável da Amazônia”

A horticultura, por outro lado, possui características que indicam grande potencial de inclusão produtiva da força de trabalho. O cultivo de legumes e verduras pode ser feito em pequenas propriedades, com baixo investimento e alta capacidade de enquadramento em políticas de crédito como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “A criação de frentes de trabalho na horticultura poderiam oferecer oportunidades imediatas de ocupação e geração de renda para a população vulnerável em situação de pobreza e de extrema pobreza na Amazônia”, avalia Leitão.

Aqui, vale retomar dados de um estudo anterior do Escolhas, que mostrou a influência da redução dos índices de pobreza e extrema pobreza sobre os índices de desmatamento. “O estudo O combate à pobreza pode contribuir para o fim do desmatamento no Brasil? atesta que, sim, é fundamental conjugar políticas de combate ao desmatamento e políticas de combate à pobreza e geração de renda se quisermos zerar o desmatamento no Brasil. Investir na bioeconomia é o melhor caminho não só para manter a floresta em pé, mas também para viabilizar a restauração ambiental e abrir portas de saída da vulnerabilidade social para as pessoas que vivem na Amazônia”, reforça Sergio.

Conheça o estudo aqui.

Vencedores do Oscar 2023 receberão escultura Yanomami como alerta para extração ilegal de ouro

Ação é uma parceria da agência DM9 com povos indígenas da amazônia

Neste domingo, 12, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas vai premiar os melhores do cinema na cerimônia do Oscar. Cada ganhador, como se sabe, ganha uma estatueta em ouro. Nesta edição, uma ação da agência DM9 com povos Yanomami vai alertar para a exploração ilegal de ouro em terras indígenas no norte do Brasil. Os vencedores vão receber uma estatueta em formato da divindade Omama que não usa o metal precioso em sua composição.

Antes da entrega das estatueta, 20 dos indicados ao Oscar receberão, via redes sociais, um filme com Junior Hekurari Yanomami, líder da Urihi Associação Yanomami, falando em sua língua nativa, alertando para o fato de que o ouro assumiu o sentido de “morte e destruição” para os indígenas, para a floresta e para as criaturas da Amazônia.

Devem receber o filme os seguintes artistas: Angela Bassett, Jamie Lee Curtis, Kerry Condon, Stephanie Hsu, Hong Chau, Brendan Gleeson, Judd Hirsch, Brian Tyree Henry, Barry Keoghan, Ke Huy Quan, Brendan Fraser, Colin Farrell, Austin Butler, Bill Nighy, Paul Mescal, Andrea Riseborough, Cate Blanchett, Michelle Willias, Ana de Armas e Michelle Yeoh.

O vídeo também convida a acessar este site e a “repensar o valor do seu ouro”, traz uma calculadora que destaca o impacto social e natural de cada grama de ouro ilegal para a Floresta Amazônica e para o povo Yanomami. Investigações da Polícia Federal apontam que um esquema de contrabando com base em garimpos ilegais teria movimentado, desde 2020, 13 toneladas de ouro, num total de R$ 4 bilhões.

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